Nessa semana, dentre os vários episódios com moradores de rua que presenciamos diariamente, dois, em especial, me chamaram muito a atenção.
Na quinta-feira, 14/4, o GDF, junto com agentes sociais, policiais, caminhões e tratores, retiraram vários "barracos" de lona, de catadores de lixo e recicláveis, que moravam atrás do Leonardo da Vinci, Extra, Carrefour, em Taguatinga.
A situação miserável de vida daquelas pessoas era insustentável, e eles realmente precisavam sair dali. No entanto, o que se via era tristeza. Algumas daquelas famílias NÃO queriam sair dali, simplesmente porque acham que lá é o lugar mais fácil e perto do trabalho deles (de juntar lixo e recicláveis) e diziam não ter para onde ir.
Mas, me pergunto, como pais podem expor crianças daquela maneira? Eles não tem telhado, chão, banheiro, privacidade, comida, água e etc... Vivem pedindo esmola (pais e filhos)... não dá para entender. Mas há momentos felizes: um dia desses vi um homem, sentado no meio de uma roda de crianças, à tarde, tocando violão e cantando. Todos estavam tão felizes e a mãe, lavando roupa numa bacia perto, cantava também!!!! Para irem para a escola, um pai levava três crianças maiorzinhas de uma vez... cantando! É uma benção isso.
Vamos ao segundo episódio:
Hoje, vi uma mulher em trabalho de parto na rua, embaixo de uma marquise, na Avenida Comercial de Taguatinga. Ela estava tão magra, tão magra, que pensei que estava com uns 4 meses, mas me disseram que não. Que a magreza devia-se ao uso de drogas. Meu Deus! Como pode uma pessoa ser irresponsável assim? Chamaram o bombeiro, SAMU, e eles a levaram.
Não sei, em ambos os casos, o que aconteceu com eles. Mas fica aqui o relato de como as coisas acontecem ao nosso redor e, por vezes, nem notamos direito. Estamos de mão atadas ou de vendas nos olhos?
Bjos.
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