25 de maio - Blogagem Coletiva em defesa da criança.
5.24.2008
Turismo sexual infantil: um problema a ser abolido.
Maio 15, 2008 de Rosane
As mazelas dos problemas econômicos enfrentados pelos países pobres são de diversas ordens, mas os problemas sociais são os mais visíveis, entre eles podemos elencar: elevada taxa de analfabetismo, elevados índices de mortalidade infantil, inchaço urbano, crises no campo, violência e marginalidade. As adversidades enfrentadas pela população carente e as saídas encontradas para sanar as necessidades mais básicas estão muito além da compreensão da moral burguesa predominante.
Dentro dessa perspectiva, o turismo muitas vezes atua como um setor que coloca em contato as diferenças econômicas do mundo globalizado. Esse encontro pode ser positivo e trazer benefícios para comunidades carentes, mas pode também além de usurpar dos bens culturais e naturais, deixar para a população local, um saldo negativo, corrompendo a população e o que pode ser ainda mais complicado, agindo diretamente na população infantil.
Muitos setores turísticos são coniventes com o turismo sexual infantil, pois esse tipo de atrativo, ainda proporciona um fluxo de pessoas considerável, do ponto de vista da lucratividade. Segundo dados da Folha de São Paulo, a maior parte das vítimas são meninas, em situação de pobreza e miséria em cidades como Acapulco (México), Bancoc (Tailândia), Rio de Janeiro (Brasil), Bali (Indonésia) e Camboja. Em todo o Brasil o número de crianças afetadas está estimado entre 100 a 500 mil, sendo muito difícil ter estatísticas precisas sobre esse tipo de atividade.
Mas, felizmente já existem ações contrárias a esse tipo de comportamento, desde 1996 a ECPAT (sigla em inglês que se refere a exploração sexual infantil) tenta disseminar em vários países e equipamentos turísticos a adesão ao código de conduta que pleiteia:
1. Estabelecer uma política ética no que diz respeito ao repúdio à exploração sexual infantil.
2. Educar e treinar pessoal em ambos os países, de origem e de destino.
3. Introduzir de uma cláusula em contratos com fornecedores proclamando, de comum acordo, o repúdio à exploração sexual infantil.
Informar os turistas através de catálogos, vídeos durante o vôo, bilhetes de passagem, Internet, etc. e no momento da chegada aos destinos.
Informar pessoas-chave no local de destino, como meios de colaboração informal.
De acordo com o código, os profissionais ligados ao turismo seriam agentes responsáveis pelas denuncias das ações criminais neste sentido, tendo canais privilegiados para atuar. Esse código já é implementado por 50 operadoras de viagem em 13 países. Contudo, países que têm no turismo sua principal fonte de renda, podem perder recursos ao adotar tal postura, mas isso sem dúvida, acontecerá a curto prazo, pois a longo prazo com certeza a atração de outro tipo de turista pode gerar divisas muito maiores, para o local receptor.
Mas, devemos enfatizar que não é apenas o turista responsável pelo avanço dessa atividade, cujo aliciamento bate as cifras de 2 milhões de crianças no mundo todo. Como dissemos a principio não é suficiente aplicarmos o código de conduta para sanarmos problemas relacionados aos padrões morais dominantes, para que essa situação realmente seja extinta é preciso que esses países tenham o apoio necessário para criar uma nova perspectiva de vida, na qual as aspirações mínimas tenham chance de ser alcançadas pela população infanto-juvenil. Caso contrário, estaremos mais uma vez escondendo o lixo embaixo do tapete.
Profª Drª Eliane Guerreiro Rossetti Padovani - Coordenadora do Curso de Turismo do UNISAL- Unidade Americana
2 amigos proseando comigo!:
Oi Cláudia,
obrigada pela visita. E, por isso que eu prefiro embalsamar e embalar. Todos os dois ofícios demandam habilidades!
beijo
Olá,Cláudia
Estou iniciando um novo Blog depois de ter deletado uns 10(rsrsrs) e refazendo meus links...
Gostei muito do seu..O assunto da Blogagem Coletiva é sensacional..e o post escolhido muito bom e completo.Parabéns!
Vou linkar seu Blog,ok?
abraço
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