O tempo não pára mesmo!
5.15.2008
"E a vida?
E a vida o que é, diga lá meu irmão?
Ela é a batida de um coração.
Ela é uma doce ilusão..."
Estive pensando em como a vida é engraçada. Quando comecei a trabalhar e a estudar, eu era a caçula de tudo. Sempre fui grande, o que me levava a ser também a maior. Hoje, sou SEMPRE a mais velha (a que nasceu primeiro, como diz meu pai querido). Por onde passo, eu escuto: Dona Cláudia, pra cá, Dona Cláudia pra lá... Meu Deus!!! No trabalho, na escola das criancas, na lanchonete, na padaria... e, me olho no espelho me perguntando: Quando foi que passei de Claudinha para Dona Cláudia? Dona Claúdia... pesa na costas... (nas rugas não, pois tenho cara de bebê, hehehe).
É claro que o tempo nos faz ficar mais maduros, mas me sinto mais rígida também. Estou mais light com a opinião alheia, as coisas não me atingem emocionalmente como antes, não me abalo com qualquer coisa, mas também, meu estopim diminuiu, não mando recado, não engulo mais sapo. Hoje, penso muito antes de falar (até demais), mas luto pelo que quero, aliás, eu sei o que quero, o que já faz grande diferença. Reconheço bem os meus limites e busco respeitar os dos outros (claro que tenho vontade de chutar o pau da barraca de vez em quando, como dizíamos antigamente). Estou muito mais seletiva... em tudo. Tornei-me mais grata também.
Da Cláudinha permanece em mim a alegria, a fé, o sorriso, o olhar, a bondade. Perdi, no entanto, a inocência, a ingenuidade, a juventude que agradava muita gente. Ganhei junto com o DONA, liberdade (amo comprar o que me dá na telha, comer só o miolo da melancia e não dar satisfação a ninguém e etc), independência, maternidade, + e + responsabilidade, maturidade e alguns (poucos, é claro) cabelos brancos, afinal todos temos defeitos, né... (risos).
Tempo? Não tenho pra nada. Meu dia não cabe nas 24 horas. Corro pra lá e pra cá o tempo todo. Não viajo, não assisto TV, não vou ao cinema, saio só às sextas (quando não estamos mortos de cansados, eu e o meu marido), vejo meus pais nos domingos, vou à missa, escrevo no meu blog (é claro), ajudo as criancas com as provas e tarefas, cuido das coisas de casa (vixe! cansei!)... mas é um corre-corre danado. E me pergunto? Pra que isso? E o tempo vai passando... afinal, ele não pára mesmo. Todo tempinho que tenho, dou aos meus filhos, que são minha razão de viver (não me imagino mais sem eles...).
Por ser sempre a mais velha da turma que sai e trabalha comigo, virei uma espécie de "conselheira" das pessoas que me rodeiam, não só porque me pedem opinião, mas porque eu dou opinião mesmo (mas não sou intrometida, viu!). Não suporto hipocrisia, falsidade, traição. Sou tão firme quanto a isso, que tenho até medo. Será que eu seria capaz de agir diferente se fosse comigo? Não sei...
Amanhã eu volto pra continuar... Essa história vai longe...
Um beijo em prosa, da Cláudia (sem o dona!!)
4 amigos proseando comigo!:
Ei Claudia,
Adorei o texto, o blog, tudo!
Parabéns muito legal mesmo. Se me permitir vou voltar sempre.
Cheguei aqui através da Paula do "Depois de segunda, é terça?"
Abraços
Evandro
Identifiquei-me com várias passagens do seu texto. Se existe alguma "graça" em envelhecer (no fundo, é uma droga) está justamente nessa maturidade em pensar mais antes de falar, não se frustrar tão facilmente, ponderar.
abs
Ei Cláudia! Adorei esse texto, sinto a mesma coisa que você quando escuto um Dona Paula... Mas não me sinto velha, de forma alguma!
Já tá linkada!
Beijo
Amei as músicas citadas, temos muito em comum, diferente só o tempo pq isso mesmo ralando muito ele não m falta. rs Talvez pq algumas tarefas q consomem muito tempo não as faço, como ir à supermercado, banco e levar filhos na escola.
Bjs
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